A Fazenda Laranjeiras (antiga Fazenda Boa Sorte) é uma propriedade familiar que produz Café Conilon há mais de 50 anos na região de Barra de São Francisco, no Espírito Santo.
Nesta página, vamos contar um pouco da nossa trajetória, dos nossos desafios e das nossas conquistas, e mostrar como produzimos um café especial, com respeito ao meio ambiente e aos trabalhadores rurais.
Foi carregando seus pertences nos ombros e muita esperança no coração que Vantuil de Oliveira Silva, sua esposa Dona Nadir e seus filhos Valmir, Valcir, Janete e Doriédson (Max nasceria alguns anos mais tarde), chegaram à recém adquirida Fazenda Boa Sorte, posteriormente rebatizada de Fazenda Laranjeiras, em Barra de São Francisco, no Noroeste do Espírito Santo.
Era início da década de 1970, uma época em que o mundo rural desenhava um cenário de labuta incansável, quando não havia estradas nem energia elétrica e tudo se mostrava desafiador e incerto.
Já nos primeiros anos a família se deparou com os inúmeros desafios econômicos e sociais dos anos 70, como a violência no campo e a pressão de dívidas, fazendo o sonho inicial de prosperar com a venda de madeira dar lugar à realidade do cultivo do café.
Inspirado por uma palestra da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Espírito Santo (EMATER-ES), Sr. Vantuil enxergou no café uma nova oportunidade de mudança, se tornando o primeiro produtor de café conilon da região de Barra de São Francisco.
E foi assim, com muita dedicação e trabalho duro, que a família deu início a uma jornada de resiliência e cooperação que transformaria, ao longo dos anos, o que começou como um campo desmatado, em uma vasta e fértil extensão de terras produtoras de Café Conilon de muita qualidade.
Mas o futuro ainda estava distante e os desafios pareciam brotar da terra junto com os pés de café. A época era marcada por incertezas econômicas, com oscilações imprevisíveis nos preços do café, que impactavam diretamente a subsistência das famílias agricultoras capixabas.
Além das questões econômicas, as condições climáticas eram igualmente implacáveis. As chuvas irregulares e os longos períodos de seca podiam arruinar toda uma safra.
Os agricultores do Espírito Santo na década de 1970 tinham que lidar, ainda, com desafios técnicos, já que a tecnologia agrícola da época estava longe de ser tão avançada quanto a de hoje. Eles dependiam de seus conhecimentos tradicionais, de gerações de experiência e da sua conexão íntima com a terra para superar as dificuldades.
Foi nesse cenário, em 1979, que Valmir de Oliveira Silva, filho mais velho de Sr. Vantuil, então com 16 anos, conseguiu sua emancipação e tornou-se oficialmente o gestor da propriedade, enquanto cursava o Ensino Médio durante a noite.
Depois de uma temporada nos Estados Unidos, no início dos anos 2000, Valmir de Oliveira Silva voltou ao Brasil para dar continuidade à gestão da fazenda, trazendo na bagagem muitas ideias e inovações para o negócio.
Começando pela criação do viveiro de mudas clonais, cujo desenvolvimento ganhava impulso no Brasil da época, com a realização de diversas pesquisas e a implantação de muitos jardins clonais. Com isso, Valmir se dedicou a técnicas como enxertia e estaquia, permitindo que muitos produtores da região tivessem acesso a plantas geneticamente superiores e homogêneas.
Atualmente, sob a gestão de Valmir, a Fazenda Laranjeiras é uma referência regional, tanto no desenvolvimento de mudas clonais de alta performance, quanto na produção de Café Conilon de qualidade, com práticas sustentáveis e responsabilidades sociais.
Dos 70 hectares disponíveis na fazenda, nosso café é cultivado em uma área total de apenas 25 hectares, enquanto mantém 25% de mata nativa preservada, 1/5 a mais que o exigido pelo Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Essa preservação acontece sobretudo nos topos dos morros e próximos a nascentes de água, criando o ambiente perfeito para uma flora e fauna abundantes e diversificadas, com avistamentos frequentes de jurutaís, jacus, saracuras, seriemas, papagaios, japus e canários, além de diversos répteis, anfíbios, insetos, e claro, o maravilhoso sabiá laranjeiras, símbolo da nossa fazenda.
A natureza em equilíbrio, evidenciada pela presença de tantos animais, é a prova de que é possível conciliar produção agrícola com conservação ambiental, e nos orgulhamos de ser parte dessa solução.
Promover práticas agrícolas sustentáveis, preservar a mata nativa e manter áreas significativas de habitat natural intocado, cria corredores ecológicos que favorecem a biodiversidade e permitem a coexistência harmoniosa da fauna e flora nativas com a nossa produção de café.
Esta integração não só protege espécies endêmicas, mas também fortalece a saúde do ecossistema, o que beneficia indiretamente a qualidade e a sustentabilidade do café que produzimos.
Um café sustentável e responsável socialmente, carregado de corpo, sabor, aroma e história.
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